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Quer melhorar a qualidade do seu café? Conheça sua lavoura!

O técnico em cafeicultura Leonardo Custódio explica que para ter sucesso na lavoura é importante conhecê-la

Publicado em: - 2 minutos de leitura

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Por Leonardo Custódio*

Nestes 10 anos que estou envolvido na cafeicultura, aprendi a observar e escutar os produtores que há anos lidam com café. No início achava que café era tudo igual, que só mudava a cor - uma variedade amarela e outra vermelha. Ouvia comentários de vizinhos sobre o sucesso e vigor de suas lavouras, e avam uns para os outros os produtos utilizados.

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Foi através de cursos, dias de campo, visitas, palestras e estudos, que compreendi que cada lavoura possui necessidades diferentes umas das outras para sua nutrição e maior produção. Hoje, o produtor precisa estudar formas para entender e melhorar seu parque cafeeiro. O ideal é buscar informações sobre:

- Variedades que possui ou que vai adquirir;

- Quais são as precoces, as médias, as tardias;

- Identificar o ponto de maturação para iniciar a colheita.

Vale lembrar que estamos falando de um fruto, então, quanto mais maduro maior será sua doçura.

Pontos importantes para serem observados:

- Clima;

- Microclima;

- Identificar variação de temperatura numa mesma lavoura (já vi lavouras que possuem menos de 1.000 metros de distância uma da outra, com 7ºC de diferença na temperatura);

Rastrear talhões com maior potencial de qualidade:

- Aquele com maior insolação;

- Os que recebem sol da manhã;

- Sol da tarde;

Ou seja, um dos primeiros os é criar um histórico da lavoura para saber em qual direção seguir.

Outro ponto essencial para ser verificado é o território. Ele define a denominação de origem, ou seja, o perfil sensorial da bebida entre fragrâncias, aromas e sabores exclusivos de cada região na xícara. Não adianta o produtor querer colocar perfil sensorial de outras regiões no seu café. Exemplo: se ele está no Sul de Minas, seu café terá perfil sensorial do local, não conseguirá inserir o perfil de outra região.

Acredito que o produtor de café especial tem que ser especial!  Já que a régua da qualidade subiu, o que era bom agora tem que ser melhor. Saber qual nível de mercado quer atingir é essencial!

Quer atuar no mercado de commodities? Invista em variedades novas com alta produção e resistência. Quer atuar no mercado de especiais? Aposte em variedades novas e primitivas com bebidas exóticas.

Definida a direção a ser seguida. O próximo o é a tomada de decisão, mas esse assunto abordaremos no próximo mês.

Até lá!

*Leonardo Custódio é Técnico em Cafeicultura, supervisor de qualidade da empresa Agro Fonte Alta, Q-Grader e mestre de torra.

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Material escrito por:

Leonardo Custódio

Leonardo Custódio

Técnico em Cafeicultura, supervisor de qualidade da empresa Agro Fonte Alta, Q-Grader e mestre de torra

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Todos os comentários são moderados pela equipe CaféPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração.

Edna Aparecida Da Silva Bertolin
EDNA APARECIDA DA SILVA BERTOLIN

EM 13/08/2019

Conheci o Leo em um curso de barista. Adoro ler tudo o que escreve. Sempre me acrescenta algo!

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Nestes 10 anos que estou envolvido na cafeicultura, aprendi a observar e escutar os produtores que há anos lidam com café. No início achava que café era tudo igual, que só mudava a cor - uma variedade amarela e outra vermelha. Ouvia comentários de vizinhos sobre o sucesso e vigor de suas lavouras, e avam uns para os outros os produtos utilizados.

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Foi através de cursos, dias de campo, visitas, palestras e estudos, que compreendi que cada lavoura possui necessidades diferentes umas das outras para sua nutrição e maior produção. Hoje, o produtor precisa estudar formas para entender e melhorar seu parque cafeeiro. O ideal é buscar informações sobre:

- Variedades que possui ou que vai adquirir;

- Quais são as precoces, as médias, as tardias;

- Identificar o ponto de maturação para iniciar a colheita.

Vale lembrar que estamos falando de um fruto, então, quanto mais maduro maior será sua doçura.

Pontos importantes para serem observados:

- Clima;

- Microclima;

- Identificar variação de temperatura numa mesma lavoura (já vi lavouras que possuem menos de 1.000 metros de distância uma da outra, com 7ºC de diferença na temperatura);

Rastrear talhões com maior potencial de qualidade:

- Aquele com maior insolação;

- Os que recebem sol da manhã;

- Sol da tarde;

Ou seja, um dos primeiros os é criar um histórico da lavoura para saber em qual direção seguir.

Outro ponto essencial para ser verificado é o território. Ele define a denominação de origem, ou seja, o perfil sensorial da bebida entre fragrâncias, aromas e sabores exclusivos de cada região na xícara. Não adianta o produtor querer colocar perfil sensorial de outras regiões no seu café. Exemplo: se ele está no Sul de Minas, seu café terá perfil sensorial do local, não conseguirá inserir o perfil de outra região.

Acredito que o produtor de café especial tem que ser especial!  Já que a régua da qualidade subiu, o que era bom agora tem que ser melhor. Saber qual nível de mercado quer atingir é essencial!

Quer atuar no mercado de commodities? Invista em variedades novas com alta produção e resistência. Quer atuar no mercado de especiais? Aposte em variedades novas e primitivas com bebidas exóticas.

Definida a direção a ser seguida. O próximo o é a tomada de decisão, mas esse assunto abordaremos no próximo mês.

Até lá!

*Leonardo Custódio é Técnico em Cafeicultura, supervisor de qualidade da empresa Agro Fonte Alta, Q-Grader e mestre de torra.

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Edna Aparecida Da Silva Bertolin
EDNA APARECIDA DA SILVA BERTOLIN

EM 13/08/2019

Conheci o Leo em um curso de barista. Adoro ler tudo o que escreve. Sempre me acrescenta algo!