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Boletim Carvalhaes: Safra 2025/26 entra no radar e desvia atenção de estoques baixos

O equilíbrio precário entre produção e consumo global vai persistir no ano-safra 2025/2026, e os estoques brasileiros de agem no final de junho serão historicamente baixos

Publicado em: - 4 minutos de leitura

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Continuou esta semana o forte “sobe e desce” das cotações do café nas bolsas de Nova York e Londres. Na sexta (16), os contratos de arábica na ICE Futures US, e os de robusta, na ICE Europe, fecharam em queda acentuada, encerrando uma semana negativa para os negócios de café, analisa o Boletim Carvalhaes.

Com o recuo das cotações em Nova York e Londres no mercado físico brasileiro, os compradores diminuíram o valor de suas ofertas, levando os poucos cafeicultores que ainda têm lotes da safra 2024/2025 a se retirarem do mercado, praticamente paralisando os negócios.

Segundo o boletim, o início da colheita nas regiões produtoras de conilon no Brasil e o avanço dos preparativos para a safra de arábica, somados à divulgação de estimativas privadas mais otimistas para a temporada 2025/2026, deslocaram o foco do mercado. Com isso, acabaram ofuscados os baixos estoques globais e os recorrentes problemas climáticos enfrentados por outros importantes países produtores de café.

“Mesmo as projeções mais otimistas da produção brasileira de café em 2025 apontam para um cenário tão apertado como o atual no novo ano-safra que começará em julho próximo”, diz o relatório. Os estoques brasileiros de agem no final de junho serão historicamente baixos, e até os maiores números de produção lançados no mercado apontam para uma safra 2025/2026 com tamanho próximo ao da atual safra 2024/2025. 

Ainda segundo o boletim Carvalhaes, o equilíbrio precário entre produção e consumo global vai persistir no ano-safra 2025/2026. O atual quadro político e econômico mundial continuará apresentando enormes incertezas, levando bolsas e mercados ao redor do mundo a trabalharem com fortes e rápidas oscilações. É impossível prever o que acontecerá nas próximas semanas e meses.

Contratos de arábica

Segundo o boletim, os contratos de arábica com vencimento em julho próximo na ICE Futures US, em Nova York, oscilaram na sexta (16) 1.120 pontos entre a máxima e a mínima. Bateram em US$ 3,7410 na máxima do dia, em queda de 90 pontos. Fecharam valendo US$ 3,6565 com perdas de 935 pontos. Na quinta (15) subiram 1.020 pontos e na quarta (14) caíram 1.155 pontos. Na terça (13) subiram 340 pontos e na segunda (12) recuaram 1.480 pontos. Somaram queda de 2.210 pontos nesta semana. Na semana anterior, subiram 235 pontos. Na semana anterior a ela, caíram 1.445 pontos. 

Em abril, acumularam ganhos de 2.535 pontos. Em 2025, até o fechamento de sexta (16), estes contratos para julho próximo somaram alta de 5.720 pontos. Os contratos de arábica, com vencimento no último mês de maio na ICE americana, fecharam na sexta (16) valendo US$ 3,7625 por libra-peso.

Contratos de robusta

Na ICE Europe, os contratos de robusta para julho próximo bateram, na máxima do dia, US$ 4.986 por tonelada, em alta de US$ 15, comunica o relatório semanam do Escritório Carvalhaes. Fecharam o pregão valendo US$ 4.865 – queda de US$ 106. Na quinta (15), caíram US$ 39 e, na quarta (14), US$ 119. Na terça (13) subiram US$ 77 e na segunda (12) recuaram US$ 174. Somaram queda de US$ 361 na semana que acaba de fechar. Caíram na semana anterior US$ 65 e na semana anterior a ela, fecharam em alta de US$ 165. 

Em abril, tiveram alta de US$ 71. Em 2025, até sexta (16), esses contratos de robusta para julho próximo acumulam alta de US$ 138 por tonelada.

Estoques certificados

Segundo o relatório semanal, os estoques de cafés certificados na ICE Futures US subiram na sexta (16) 9.347 sacas. Estão em 851.169 sacas. Há um ano, somavam 749.878 sacas. Subiram nesse período 101.291 sacas. Somaram alta na semana ada de 13.001 sacas. Subiram na semana retrasada 10.049 sacas e na semana anterior a ela, 6.098 sacas. 

Em abril, subiram 43.192 sacas. Em março, recuaram 35.112 sacas e, em fevereiro, caíram 61.994 sacas. Em janeiro, a queda foi de 112.385 sacas. Em 2025, até sexta (16), acumulam perdas de 128.798 sacas.

Contratos futuros em R$ 

Em reais por saca, os contratos para julho próximo na ICE Futures US fecharam sexta (16) valendo R$ 2.742,48. Terminaram a sexta anterior valendo R$ 2.900,54, e encerraram a sexta anterior a ela a R$ 2.882,96.

Mercado físico

O mercado físico brasileiro permaneceu paralisado, relata o Boletim Carvalhaes. Há interesse comprador para todos os padrões de café, mas lotes de café da atual safra 2024/2025 ainda em mãos de produtores são poucos, em volume historicamente baixos. Os cafeicultores que detêm esses lotes se recusam a vender nas bases de preços ofertadas atualmente pelos compradores.

Embarques

O Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) informou que, em abril, foram embarcadas 3.092.802 sacas de café –  aproximadamente 27,7%  (1.183.008 sacas) menos que no mesmo mês de 2024 e 6,2% (205.382 sacas) menos que no último mês de março. Foram 2.680.723 sacas de café arábica (queda de 15,7% ou 143.372 sacas em relação a março de 2025) e 103.577 sacas de café conilon (queda de 25,5% ou 35.425 sacas em relação a março de 2025), totalizando 2.784.300 sacas de café verde embarcadas, que, somadas a 304.198 sacas de solúvel (queda de 7,8% ou 25.899 sacas em relação a março de 2025) e a 4.304 sacas de torrado, totalizaram 3.092.802 sacas exportadas em abril último.

Até dia 16, os embarques de maio estavam em 946.968 sacas de café arábica, 40.640 sacas de café conilon e 116,255 sacas de café solúvel, totalizando 1.103.863 sacas embarcadas, contra 986.115 sacas no mesmo dia de abril. 

Certificados de origem

Até dia 16, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em maio totalizavam 1.325.978 sacas, contra 1.382.556 sacas no mesmo dia do mês anterior.

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Continuou esta semana o forte “sobe e desce” das cotações do café nas bolsas de Nova York e Londres. Na sexta (16), os contratos de arábica na ICE Futures US, e os de robusta, na ICE Europe, fecharam em queda acentuada, encerrando uma semana negativa para os negócios de café, analisa o Boletim Carvalhaes.

Com o recuo das cotações em Nova York e Londres no mercado físico brasileiro, os compradores diminuíram o valor de suas ofertas, levando os poucos cafeicultores que ainda têm lotes da safra 2024/2025 a se retirarem do mercado, praticamente paralisando os negócios.

Segundo o boletim, o início da colheita nas regiões produtoras de conilon no Brasil e o avanço dos preparativos para a safra de arábica, somados à divulgação de estimativas privadas mais otimistas para a temporada 2025/2026, deslocaram o foco do mercado. Com isso, acabaram ofuscados os baixos estoques globais e os recorrentes problemas climáticos enfrentados por outros importantes países produtores de café.

“Mesmo as projeções mais otimistas da produção brasileira de café em 2025 apontam para um cenário tão apertado como o atual no novo ano-safra que começará em julho próximo”, diz o relatório. Os estoques brasileiros de agem no final de junho serão historicamente baixos, e até os maiores números de produção lançados no mercado apontam para uma safra 2025/2026 com tamanho próximo ao da atual safra 2024/2025. 

Ainda segundo o boletim Carvalhaes, o equilíbrio precário entre produção e consumo global vai persistir no ano-safra 2025/2026. O atual quadro político e econômico mundial continuará apresentando enormes incertezas, levando bolsas e mercados ao redor do mundo a trabalharem com fortes e rápidas oscilações. É impossível prever o que acontecerá nas próximas semanas e meses.

Contratos de arábica

Segundo o boletim, os contratos de arábica com vencimento em julho próximo na ICE Futures US, em Nova York, oscilaram na sexta (16) 1.120 pontos entre a máxima e a mínima. Bateram em US$ 3,7410 na máxima do dia, em queda de 90 pontos. Fecharam valendo US$ 3,6565 com perdas de 935 pontos. Na quinta (15) subiram 1.020 pontos e na quarta (14) caíram 1.155 pontos. Na terça (13) subiram 340 pontos e na segunda (12) recuaram 1.480 pontos. Somaram queda de 2.210 pontos nesta semana. Na semana anterior, subiram 235 pontos. Na semana anterior a ela, caíram 1.445 pontos. 

Em abril, acumularam ganhos de 2.535 pontos. Em 2025, até o fechamento de sexta (16), estes contratos para julho próximo somaram alta de 5.720 pontos. Os contratos de arábica, com vencimento no último mês de maio na ICE americana, fecharam na sexta (16) valendo US$ 3,7625 por libra-peso.

Contratos de robusta

Na ICE Europe, os contratos de robusta para julho próximo bateram, na máxima do dia, US$ 4.986 por tonelada, em alta de US$ 15, comunica o relatório semanam do Escritório Carvalhaes. Fecharam o pregão valendo US$ 4.865 – queda de US$ 106. Na quinta (15), caíram US$ 39 e, na quarta (14), US$ 119. Na terça (13) subiram US$ 77 e na segunda (12) recuaram US$ 174. Somaram queda de US$ 361 na semana que acaba de fechar. Caíram na semana anterior US$ 65 e na semana anterior a ela, fecharam em alta de US$ 165. 

Em abril, tiveram alta de US$ 71. Em 2025, até sexta (16), esses contratos de robusta para julho próximo acumulam alta de US$ 138 por tonelada.

Estoques certificados

Segundo o relatório semanal, os estoques de cafés certificados na ICE Futures US subiram na sexta (16) 9.347 sacas. Estão em 851.169 sacas. Há um ano, somavam 749.878 sacas. Subiram nesse período 101.291 sacas. Somaram alta na semana ada de 13.001 sacas. Subiram na semana retrasada 10.049 sacas e na semana anterior a ela, 6.098 sacas. 

Em abril, subiram 43.192 sacas. Em março, recuaram 35.112 sacas e, em fevereiro, caíram 61.994 sacas. Em janeiro, a queda foi de 112.385 sacas. Em 2025, até sexta (16), acumulam perdas de 128.798 sacas.

Contratos futuros em R$ 

Em reais por saca, os contratos para julho próximo na ICE Futures US fecharam sexta (16) valendo R$ 2.742,48. Terminaram a sexta anterior valendo R$ 2.900,54, e encerraram a sexta anterior a ela a R$ 2.882,96.

Mercado físico

O mercado físico brasileiro permaneceu paralisado, relata o Boletim Carvalhaes. Há interesse comprador para todos os padrões de café, mas lotes de café da atual safra 2024/2025 ainda em mãos de produtores são poucos, em volume historicamente baixos. Os cafeicultores que detêm esses lotes se recusam a vender nas bases de preços ofertadas atualmente pelos compradores.

Embarques

O Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) informou que, em abril, foram embarcadas 3.092.802 sacas de café –  aproximadamente 27,7%  (1.183.008 sacas) menos que no mesmo mês de 2024 e 6,2% (205.382 sacas) menos que no último mês de março. Foram 2.680.723 sacas de café arábica (queda de 15,7% ou 143.372 sacas em relação a março de 2025) e 103.577 sacas de café conilon (queda de 25,5% ou 35.425 sacas em relação a março de 2025), totalizando 2.784.300 sacas de café verde embarcadas, que, somadas a 304.198 sacas de solúvel (queda de 7,8% ou 25.899 sacas em relação a março de 2025) e a 4.304 sacas de torrado, totalizaram 3.092.802 sacas exportadas em abril último.

Até dia 16, os embarques de maio estavam em 946.968 sacas de café arábica, 40.640 sacas de café conilon e 116,255 sacas de café solúvel, totalizando 1.103.863 sacas embarcadas, contra 986.115 sacas no mesmo dia de abril. 

Certificados de origem

Até dia 16, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em maio totalizavam 1.325.978 sacas, contra 1.382.556 sacas no mesmo dia do mês anterior.

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