Os preços de arábicas e canéforas estão caindo, segundo análises do Cepea/Esalq. A queda é resultado do ritmo da colheita da safra 2025/26, que segue mais adiantada em relação ao canéfora, especialmente no Espírito Santo, onde cerca de 20% da produção havia sido colhida até o fim de maio. Seu preço, inclusive, tem queda mais acentuada.
Arábicas tipo 6, em São Paulo, teve média de R$ 2.335,77 por saca em 30 de maio – uma queda de 10,71% em relação a 30 de abril. Já o robusta tipo 6, peneira 13, no Espírito Santo, caiu 18,10% na mesma comparação, fechando a R$ 1.394,45 por saca em 30 de maio.
Segundo relatório do USDA em maio, a produção de arábica no Brasil para a safra 2025/26 pode totalizar 40,9 milhões de sacas – queda de 6,4% em relação à safra anterior. A redução deve-se às condições climáticas observadas até 2024. Para o robusta, a estimativa é de 24,1 milhões de sacas – um aumento de 15% em relação à safra 2024/25, projeção essa que reforça a pressão sobre os preços. O volume total de café foi estimado em 65 milhões de sacas (grãos verdes) em 2025/26, um leve aumento de 0,5% em relação ao ano anterior.
Exportações
Os embarques de café recuaram em abril, mas, no acumulado da temporada atual, as exportações têm desempenho recorde. Segundo dados do Cecafé, 3,093 milhões de sacas de 60 kg (de arábica e canéfora) foram exportadas em abril – queda de 27,7% em comparação com o volume registrado em abril de 2024. No acumulado da safra 2024/25 (de julho/24 a abril/25), os embarques totalizaram 39,994 milhões de sacas, um recorde para o período, segundo a série histórica do Cecafé.