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Como é a cafeicultura em outros países? Daterra articula encontro com produtores da América Central

O 'Growers Exchange 2016' mostrou o que as diferentes produções de países da América Central e do Brasil podem ter para ensinar umas as outras, na Fazenda DaTerra.

Publicado em: - 3 minutos de leitura

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Por Thais Fernandes, de Patrocínio (MG)




Foto: Marina Carvalho / Daterra
Foto: Marina Carvalho / Daterra

A proporção da infraestrutura no Cerrado Mineiro impressionou produtores de países acostumados a cafeicultura familiar ou em pequena escala. “Só não faço um armazém como este lá na Guatemala porque não gostei muito da cor”, brinca o produtor Pedro Echeverria, se referindo ao novo investimento da Expocaccer - Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado Ltda. O novo armazém, que entrou em funcionamento neste ano, tem capacidade para receber 10 mil sacas de café por dia.

 
Foto: Marina Carvalho / Daterra
O produtor Pedro Echeverria, da Guatemala, registra o eio pela Daterra / Foto: Marina Carvalho / Daterra

Os olhares mais curiosos na visita feita às instalações de Patrocínio (MG) são de cafeicultores da Guatemala, Honduras e Costa Rica, que vieram ao Brasil a convite da Fazenda Daterra, entre os dias 7 e 12 de agosto. Mas não foi só o tamanho da Cooperativa e da propriedade anfitriã que fizeram brilhar os olhos dos produtores. A oportunidade de compartilhar conhecimentos de diferentes vivências marcou o “Como é o seu país?”, um dos questionamentos mais feitos, em diferentes línguas e sotaques ao longo da semana ada no Brasil.

Entre visitas a outras fazendas próximas, como a Congonhas, e à própria sede da Expocaccer, os produtores realizaram debates e apresentaram suas próprias realidades uns aos outros.

 
Foto: Marina Carvalho / Daterra
Foto: Marina Carvalho / Daterra


A Daterra compartilhou suas próprias experiências enquanto pioneira na busca pela sustentabilidade no café do Brasil. Hoje, a propriedade é referência no setor e segundo Gabriel Agrelli Moreira, coordenador de Marketing Internacional da Daterra, que recebeu os produtores, a Fazenda conseguiu demonstrar seu potencial para o mercado exportador. “O início foi de investimento e contato com os compradores para explicar sobre a necessidade de manter preços que fossem condizentes com o produto. Hoje, já conseguimos atingir um bom nível de confiança com nossos clientes”.

Para tratar também do relacionamento entre os produtores compradores de café, a Daterra convidou o casal Beatriz Cristina Castro e Maurício Carbonell, da Colômbia, compradores e vendedores do grão, que acompanharam a viagem e colocaram seu ponto de vista durante os debates. 

 
Foto: Marina Carvalho / Daterra
O casal colombiano Beatriz Cristina Castro e Maurício Carbonell e o consultor da SCAA, Chad Trewick // Foto: Marina Carvalho / Daterra


Para complementar as informações de mercado, Chad Trewick, consultor da SCAA, também esteve na comitiva. “Precisamos estar em contato e criar esse relacionamento de mais confiança com os produtores”, pontuou em sua apresentação, que instigou questionamentos dos representantes do agronegócio.

Entre os participantes convidados, Ludwin Aguilar, Merlin Ramirez, Roberto Salazar e Bernard Ornilla, apresentaram sua Cooperativa Cocafelol, de Honduras. O quarteto falou sobre um de seus projetos mais ousados e que diz respeito justamente a sustentabilidade. “Queremos ter uma cafeicultura 100% orgânica”. Para atingir o objetivo, a Cooperativa está investindo em fabricar seus próprios produtos, de maneira a utilizar a própria mucilagem do café como fertilizantes e para proteção foliar.

 
Foto: Marina Carvalho / Daterra
Produtores da Cooperativa Cocafelol, de Honduras // Foto: Marina Carvalho / Daterra


A iniciativa foi uma das que despertou interesse dos demais produtores. “Nossas produções são mais suscetíveis à umidade e como estamos iniciando o ciclo da La Niña poderemos ter mais ataques de fungos”, apontou o produtor Ricardo Gurdian, da Fazenda Miramonte, de Costa Rica. Ele faz parte da 4ª geração de cafeicultores da família e tem esperança de levar a cultura adiante através da filha, que já inicia aproximação com os negócios da fazenda.

 
Foto: Marina Carvalho / Daterra
Ricardo Gurdian, da Fazenda Miramonte, de Costa Rica, participa de cupping. Foto: Marina Carvalho / Daterra


Entre cuppings de cafés exóticos oferecidos na Daterra e a visita ao Instituto Agronômico de Campinas, a curiosidade pela realidade de outros países produtores deve gerar bons frutos. “Já estamos conversando para marcar um próximo encontro entre nós”, contou Pedro, que istra na Guatemala a Volcanic Coffee Farms, conjunto de seis fazendas da família.
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Por Thais Fernandes, de Patrocínio (MG)




Foto: Marina Carvalho / Daterra
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A proporção da infraestrutura no Cerrado Mineiro impressionou produtores de países acostumados a cafeicultura familiar ou em pequena escala. “Só não faço um armazém como este lá na Guatemala porque não gostei muito da cor”, brinca o produtor Pedro Echeverria, se referindo ao novo investimento da Expocaccer - Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado Ltda. O novo armazém, que entrou em funcionamento neste ano, tem capacidade para receber 10 mil sacas de café por dia.

 
Foto: Marina Carvalho / Daterra
O produtor Pedro Echeverria, da Guatemala, registra o eio pela Daterra / Foto: Marina Carvalho / Daterra

Os olhares mais curiosos na visita feita às instalações de Patrocínio (MG) são de cafeicultores da Guatemala, Honduras e Costa Rica, que vieram ao Brasil a convite da Fazenda Daterra, entre os dias 7 e 12 de agosto. Mas não foi só o tamanho da Cooperativa e da propriedade anfitriã que fizeram brilhar os olhos dos produtores. A oportunidade de compartilhar conhecimentos de diferentes vivências marcou o “Como é o seu país?”, um dos questionamentos mais feitos, em diferentes línguas e sotaques ao longo da semana ada no Brasil.

Entre visitas a outras fazendas próximas, como a Congonhas, e à própria sede da Expocaccer, os produtores realizaram debates e apresentaram suas próprias realidades uns aos outros.

 
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Foto: Marina Carvalho / Daterra


A Daterra compartilhou suas próprias experiências enquanto pioneira na busca pela sustentabilidade no café do Brasil. Hoje, a propriedade é referência no setor e segundo Gabriel Agrelli Moreira, coordenador de Marketing Internacional da Daterra, que recebeu os produtores, a Fazenda conseguiu demonstrar seu potencial para o mercado exportador. “O início foi de investimento e contato com os compradores para explicar sobre a necessidade de manter preços que fossem condizentes com o produto. Hoje, já conseguimos atingir um bom nível de confiança com nossos clientes”.

Para tratar também do relacionamento entre os produtores compradores de café, a Daterra convidou o casal Beatriz Cristina Castro e Maurício Carbonell, da Colômbia, compradores e vendedores do grão, que acompanharam a viagem e colocaram seu ponto de vista durante os debates. 

 
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O casal colombiano Beatriz Cristina Castro e Maurício Carbonell e o consultor da SCAA, Chad Trewick // Foto: Marina Carvalho / Daterra


Para complementar as informações de mercado, Chad Trewick, consultor da SCAA, também esteve na comitiva. “Precisamos estar em contato e criar esse relacionamento de mais confiança com os produtores”, pontuou em sua apresentação, que instigou questionamentos dos representantes do agronegócio.

Entre os participantes convidados, Ludwin Aguilar, Merlin Ramirez, Roberto Salazar e Bernard Ornilla, apresentaram sua Cooperativa Cocafelol, de Honduras. O quarteto falou sobre um de seus projetos mais ousados e que diz respeito justamente a sustentabilidade. “Queremos ter uma cafeicultura 100% orgânica”. Para atingir o objetivo, a Cooperativa está investindo em fabricar seus próprios produtos, de maneira a utilizar a própria mucilagem do café como fertilizantes e para proteção foliar.

 
Foto: Marina Carvalho / Daterra
Produtores da Cooperativa Cocafelol, de Honduras // Foto: Marina Carvalho / Daterra


A iniciativa foi uma das que despertou interesse dos demais produtores. “Nossas produções são mais suscetíveis à umidade e como estamos iniciando o ciclo da La Niña poderemos ter mais ataques de fungos”, apontou o produtor Ricardo Gurdian, da Fazenda Miramonte, de Costa Rica. Ele faz parte da 4ª geração de cafeicultores da família e tem esperança de levar a cultura adiante através da filha, que já inicia aproximação com os negócios da fazenda.

 
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Ricardo Gurdian, da Fazenda Miramonte, de Costa Rica, participa de cupping. Foto: Marina Carvalho / Daterra


Entre cuppings de cafés exóticos oferecidos na Daterra e a visita ao Instituto Agronômico de Campinas, a curiosidade pela realidade de outros países produtores deve gerar bons frutos. “Já estamos conversando para marcar um próximo encontro entre nós”, contou Pedro, que istra na Guatemala a Volcanic Coffee Farms, conjunto de seis fazendas da família.
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